Chega a época das festas de fim de ano, as confraternizações, sejam do trabalho, da família ou com amigos, e a ideia do churrasco sempre acaba surgindo. No entanto, com a alta de diversos itens básicos para fazer a festa, o gasto pode acabar sendo um pouco maior do que o esperado.
As carnes, por exemplo, estão entre os produtos com maior alta registrada no acumulado deste ano até o mês de novembro. De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, o IPCA, a alta entre elas foi de 11,32%, em média, na cidade de Fortaleza. O destaque foi para a linguiça, com alta de 32,95% no ano, a carne de porco, que subiu 21,41%, e a costela, com avanço de 18,76%.
Média da alta dos alimentos para churrasco em Fortaleza (%)
Acompanhamentos bem mais ‘salgados’
Ainda assim, engana-se quem enxerga na alta das carnes o único motivo para gastar mais. Outros acompanhamentos típicos do churrasco também registraram alta no último mês na Capital.
De acordo com os números levantados pelo IBGE, o óleo de soja, que pode ser usado em porções como a farofa, por exemplo, teve alta de 105,91%. Outros itens como tomate (83,3%), batata-inglesa (66,7%), cenoura (48,3%) e cebola (20,7%) também entraram na lista que pode tirar mais quantia do bolso.
Ufa! Cerveja mais barata
Quando se fala em churrasco, também é quase impossível esquecer das bebidas. A boa notícia é para os amantes da cerveja, que registrou queda de 1,16% ao longo do ano. Enquanto isso, o vinho subiu 5,4%, em média, no Brasil, mas Fortaleza não registrou o aumento. Já outras bebidas alcoólicas como caipirinha, que requer outros ingredientes para a preparação, devem sofrer mudanças: o açúcar teve alta de 12,97%.
Por que está tudo tão caro?
Os fatores para explicar a alta nos produtos alimentícios são diversos. Os impactos causados pela pandemia de Covid-19, claro, estão na lista dos principais motivos para a questão.
As medidas de isolamento social geraram oscilações na economia mundial e fizeram o dólar subir em disparada.
Outro fator é a exportação de carne, que cresceu em 2020. De janeiro a outubro, como mostram os dados da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), o Brasil exportou 1,65 milhão de toneladas de carnes e derivados, número 9% maior que o registrado no mesmo período no ano passado. O aumento também significa menos carne para consumo interno, o que faz o preço subir em solo brasileiro.
O crescimento do consumo no país por conta dos programas como o auxílio emergencial também impacta os preços. Criado para suprir as necessidades dos brasileiros em meio à pandemia de coronavírus, a quantia concedeu poder de compra e, em consequência, a uma maior procura de produtos essenciais.
Diário do Nordeste
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