Os dados ontem divulgados pelo IBGE, relativos aos abates inspecionados de carne de frango no terceiro trimestre de 2020, quando combinados aos dados anteriores permitem concluir que o número de cabeças abatidas nos primeiros nove meses deste ano aumentou perto de 2,5%, correspondendo a pouco mais de 4,440 bilhões de aves (frangos, frangas e descartes de reprodutores e poedeiras).
Porém, como efeito de um peso unitário menor que o de 2019, o volume de carne daí decorrente registrou aumento de apenas 0,61%, isto indicando que, a despeito da pandemia e da paralisação de diversas unidades de abate no decorrer do ano, o volume produzido nesses nove meses permaneceu praticamente estável em relação ao ano passado. Ou, ainda assim, ligeiramente maior.
Embora dispensável, é sempre bom ressaltar que esses resultados referem-se, exclusivamente, aos abates efetivados em estabelecimentos sob algum tipo de inspeção – federal, estadual ou municipal – e, portanto, não abrangem a totalidade da produção nacional.
A contraposição do número de cabeças abatidas no período ao número de frangos supostamente criados nesses nove meses (dados da APINCO sobre o alojamento interno de pintos de corte, considerando-se viabilidade média de 96% e abate aos 42 dias de idade, ou seja, abate inspecionado de cerca de 4,443 bilhões de cabeças x criação total de 4,771 bilhões de cabeças), sugere que a produção sob inspeção correspondeu a pouco mais de 93% dos frangos criados nacionalmente.
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