Um preso já condenado a 144 anos de prisão pelo assassinato de sete pessoas no Ceará vai a novo julgamento sob acusação de matar um vigilante no município de Tabuleiro do Norte, no interior do Ceará. Segundo as investigações, o crime foi motivado por uma briga política.
Cássio Santana de Sousa vai a julgamento em Fortaleza, no próximo dia 25 de setembro. Ele é considerado pela polícia como um dos maiores ‘pistoleiros’ do Vale do Jaguaribe e responde, na Justiça Estadual, por três processos por homicídios, um por roubo e outro por extorsão mediante sequestro. A Justiça Estadual também condenou Cássio a 23 anos de prisão pela execução do radialista Nicanor Linhares, no dia 30 de junho, também no ano de 2003, em Limoeiro do Norte.
Além das condenações, o pistoleiro é acusado de assassinar o vigilante Ozias dos Reis Marinho no município de Tabuleiro do Norte, no dia 8 de abril de 2003. O Ministério Público do Ceará (MPCE) chegou a acusar cinco pessoas pelo homicídio, entre eles um ex-prefeito de Tabuleiro do Norte. A defesa do réu no processo não foi localizada.
De acordo com o MPCE, dois criminosos chegaram a uma churrascaria e anunciaram um assalto na mesa que Ozias Marinho estava com a esposa. Os criminosos deitaram a vítima, efetuaram vários disparos na cabeça do homem e fugiram sem roubar nenhum pertence.
As investigações apontaram que o ex-secretário municipal de Obras de Tabuleiro do Norte, Sílvio Roberto Guerreiro Freire, contratou dois homens para cometer o crime. O ex-secretário municipal foi assassinato meses após o crime. Guerreiro teria se revoltado com Ozias após o vigilante trocar de partido político e chamar o então prefeito de “traidor”. Além disso, a vítima teria conhecimento de crimes eleitorais cometidos no município.
O processo tramitava na Vara Única de Tabuleiro do Norte, mas foi transferido à Comarca de Fortaleza por questões de segurança. O julgamento já esteve marcado para 31 de maio de 2017, mas foi adiado por mais dois anos.
Acusados mortos
Dois acusados de matar Ozias Marinho também foram assassinados no transcorrer do processo criminal. O ex-secretário Sílvio Guerreiro foi assassinado a tiros, na porta de sua residência, por dois homens que trafegavam em uma motocicleta, no dia 11 de dezembro de 2014.
Já José Roberto morreu em uma troca de tiros com a Polícia Militar do Rio Grande do Norte, no Município de Baraúnas (RN), no dia 17 de outubro de 2004.
Histórico de crime
Cássio Santana, que será julgado por mais um homicídio, ficou preso na Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, mas atualmente se encontra em um presídio da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).
Uma chacina e o assassinato de um radialista também são atribuído a Cássio Santana. O pistoleiro foi condenado a 144 anos de prisão pelo assassinato brutal de sete pessoas, no dia 18 de setembro de 2003, em Limoeiro do Norte.
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