Em mensagem publicada na noite desta quarta-feira (9) em uma rede social, o presidente Jair Bolsonaro disse repudiar “sem ressalvas” a “ideologia nazista”. De acordo com Bolsonaro, “outras organizações” como o comunismo, que segundo ele, “pregam o antissemitismo, a divisão de pessoas em raças ou classes”, devem ser combatidas pelas leis brasileiras.
Na publicação, o presidente não menciona o caso do podcaster Bruno Aiub, conhecido como Monark. Durante episódio do Flow Podcast na última segunda (7), Monark disse que “tinha que ter o partido nazista, reconhecido pela lei”. Nesta terça-feira (8), o comentarista Adrilles Jorge fez um gesto apontado como saudação nazista durante participação em um dos programas da Jovem Pan. Ambos foram desligados das empresas.
“A ideologia nazista deve ser repudiada de forma irrestrita e permanente, sem ressalvas que permitam seu florescimento, assim como toda e QUALQUER ideologia totalitária que coloque em risco os direitos fundamentais dos povos e dos indivíduos, como o direito à vida e à liberdade”, escreveu Bolsonaro.
Bolsonaro disse que uma ideologia como a nazista destruiu milhões de vidas e que isso “exige que tenhamos extrema responsabilidade e seriedade na hora de tratar do tema, não deixando espaço para a calúnia, a difamação e a sua banalização”.
O presidente disse reiterar apoio aos judeus, que, segundo afirmou, sofrem “com o desrespeito daqueles que banalizam um assunto tão grave”.
“Somos um povo maravilhoso, acolhedor. Repito: em uma família brasileira há mais diversidade do que em qualquer nação no mundo. O Brasil nunca terá solo fértil para o totalitarismo porque o amor pela liberdade corre em nossas veias. Quem deseja o contrário está do lado errado”, escreveu o presidente.
Bolsonaro manifestou ainda o desejo de que a polêmica gere um “momento de reflexão, de amadurecimento, a respeito de qual ambiente queremos criar no Brasil.
“Tenhamos todos mais juízo e responsabilidade. Precisamos continuar trabalhando pelo futuro de nossa nação”, afirmou o presidente.
O presidente também afirmou que intensificou as relações bilaterais com Israel e deu apoio a iniciativas como a Aliança Internacional de Memória do Holocausto (IHRA).
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