O comerciante José Pereira, de 71 anos, foi preso suspeito de tráfico internacional de drogas no aeroporto de Lisboa, no último dia 15 de maio. Ele viajava de Belém a Paris com a esposa. À Rede Globo, a família defendeu o idoso, alegando que as malas foram trocadas.
A polícia encontrou uma mala azul, com 11 quilos de pasta base de cocaína que, segundo as autoridades, seria do comerciante. Aos sair de Belém, a mala, que seria levada na cabine, foi despachada a pedido da companhia aérea Gol.
“Meu pai não tem necessidade de cometer um crime desse tipo, ele é inocente”, disse a filha de José, Leila Pereira. “O que sabemos é que ele está emocionalmente abalado. Ele tem problemas de saúde. Tenho certeza que ele é inocente, sempre foi um homem batalhador”, contou ela ao Fantástico.
Do aeroporto de Lisboa, o idoso foi levado diretamente à sede da Polícia Judiciária Portuguesa onde foi apresentado à Justiça e permaneceu em prisão preventiva. A defesa diz que, “ele será absolvido e considerado inocente”. A Polícia Federal investiga o caso no aeroporto de Fortaleza. O Itamaraty não se pronunciou.
Em nota, a Gol informou cumprir todos os regulamentos de segurança estabelecidos pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). “A companhia reitera que está à disposição das autoridades para contribuir com as investigações do caso”.
Também em nota, a Fraport – empresa que administra o Aeroporto de Fortaleza – informou que “está colaborando com as investigações e que ao receber solicitação de autoridades públicas, cedeu todas as imagens disponíveis”.
Ainda conforme a Fraport, o manuseio e a segurança das bagagens despachadas são responsabilidade das companhias aéreas. “A obrigação da Fraport, em consonância com a legislação, é a de inspecionar os passageiros e seus pertences de mão por meio de equipamentos e recursos humanos”.
“As drogas foram encontradas na bagagem despachada, fora de sua responsabilidade e controle, tanto que nem a empresa e nem os seus funcionários são investigados nesse episódio. A Fraport permanece à total disposição das autoridades”, diz a nota.
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