Na posse de Aloizio Mercadante (PT) como presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social e Econômico), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar a taxa básica de juros do país e disse que o banco foi vítima de mentiras e difamações.
Lula rebateu uma acusação corriqueira de bolsonaristas, de que o BNDES abriu mão de desenvolver o mercado interno para emprestar dinheiro para outros países e acabou ficando no prejuízo.
“E vamos ser francos: os países que não pagaram, seja Cuba, seja Venezuela, é porque o presidente resolveu cortar relação internacional com esses países e, para não cobrar, para poder ficar nos acusando, deixou de cobrar”, disse Lula.
“Eu tenho certeza que no nosso governo esses países vão pagar porque são todos países amigos do Brasil e certamente pagarão a dívida que tem com o BNDES”, completou o presidente.
Lula ainda aproveitou o público do evento para criticar a taxa básica de juros, hoje em 13,75%. Ele disse que não tem justificativa ou explicação para isso e que é uma vergonha o valor tão alto.
O presidente afirmou que isso se deve a uma “cultura de viver com juros altos” que “não combina com a necessidade do crescimento que nós temos”.
“Quando o Banco Central era dependente de mim, todo mundo reclamava, era o único dia que a Fiesp falava, era quando aumentavam os juros”, disse ele se dirigindo a Josué Gomes, presidente da Fiesp, que estava entre os convidados da posse.
Lula ainda questionou o fim da Taxa de Juros a Longo Prazo (TJLP). A jornalistas, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou que existe a possibilidade de o mecanismo voltar a vigorar com a aprovação de uma medida no Congresso Nacional.
A CNN entrou em contato com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre as declarações de Lula e aguarda retorno.
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