O Ceará chega ao 7º dia da nova onda de ataques que atinge coletivos, prédios, transportes escolares e veículos particulares. Nesta quinta-feira (26), pelo menos 5 ações criminosas já foram registradas, tendo como alvos de incêndio uma loja de estofados no Bairro Quintino Cunha, em Fortaleza; um carro da polícia em Aratuba, na região do Maciço de Baturité; um caminhão de lixo na cidade de Iguatu, no Centro-Sul do estado; e em Pindoretama, na Região Metropilitana, a Câmara Municipal da cidade e uma casa onde são guardados carros de servidores da prefeitura.
Ao todo, o estado já contabiliza ao menos 75 ataques em Fortaleza, Região Metropolitana e interior. As ações tiveram início no dia 20 de setembro. Até o momento, a polícia capturou 63 pessoas suspeitas de envolvimento nos atos, dentre os quais, 21 adolescentes.
Em Iguatu, o ataque foi a um caminhão compactador de lixo que estava em um galpão que funciona como garagem de veículos da prefeitura da cidade. Segundo o Corpo de Bombeiros, no local havia seis veículos, mas só um foi atingido.
De acordo com o proprietário da loja de estofados incendiada nesta madrugada, o estabelecimento funcionava há três anos na Rua Dona Lúcia Pinheiro. Conforme João de Souza Silva, ele recebeu uma ligação por volta das 2h30, informando que o estabelecimento estava pegando fogo.
No local, havia sofás, tecidos, esponjas e máquinas de costura. “Agora, só Deus sabe. Já não tem serviço, e tem que recuperar o prédio, que era alugado, e os sofás dos clientes”, lamenta.
Em Aratuba, o carro da polícia estava estacionado em frente à base da Polícia Militar, quando foi incendiado. O veículo ficou totalmente destruído. Ninguém foi preso.
Já a Câmara Municipal de Pindoretama foi alvo de um princípio de incêndio entre a meia-noite e 1h desta madrugada. O vigilante foi rendido, mas após atearem fogo em algumas cadeiras, os criminosos fugiram e o profissional conseguiu apagar as chamas.
Em seguida, o mesmo grupo foi a uma casa onde ficam estacionados veículos de servidores da prefeitura e jogaram um material inflamável e atearam fogo, mas as chamas não atingiram nenhum carro, segundo um dos vereadores da cidade, que não quis se identificar.
Segundo o secretário da Segurança do Ceará, André Costa, a onda de violência é uma reação de detentos que querem a volta de “regalias” nos presídios do estado. A Secretaria da Administração Penitenciária do Ceará (SAP) afirmou que 257 presos foram transferidos como “forma preventiva e tática” para combater os atentados.
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